Uma das investidas pelo Bossa Nova e BMG UpTech, a startup Filho sem Fila agregou funcionalidades ao seu sistema para contribuir com a segurança na retomada das aulas presenciais.
O avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil criou grandes desafios para as escolas de todo o país, sendo que boa parte delas continua de portas fechadas. Além de se reinventarem para oferecer o ensino a distância, em um curto espaço de tempo, foram obrigadas a desenvolver um novo formato para a retomada das aulas presenciais.
Uma das startups investidas pela Bossa Invest e BMG UpTech, a Filho Sem Fila, que disponibiliza um sistema de segurança e logística escolar para agilizar a entrada e saída dos alunos e melhorar o trânsito no entorno das instituições de ensino, também não ficou parada nesse período: estreitou o relacionamento com diretores e outros profissionais dos colégios parceiros e, assim, agregou funcionalidades ao aplicativo, que irão contribuir para reduzir os riscos associados à Covid-19.
Entre as soluções, a startup incorporou à ferramenta um questionário para mapear sintomas da doença antes de o aluno sair de casa. “Só o distanciamento, não basta para a proteção de todos nesse retorno. Por isso, as perguntas são atreladas ao check-in no app. Os pais preenchem, e o sistema já informa: ‘com esses sintomas, por favor, não leve a criança para a escola’. Também disponibilizamos para os funcionários do colégio”, explica um dos criadores da Filho Sem Fila, Leo Gmeiner. O sistema ainda trava o check-in antecipado do aluno, se for o caso de rodízio nas aulas presenciais. Ou seja, mostra que aquele não é o dia de levar o filho à escola, para evitar aglomerações desnecessárias.
A Filho sem Fila na Pandemia
Gmeiner acrescenta que essas inovações só foram possíveis porque a startup reagiu à pandemia de forma pró-ativa. “Nós promovemos mais de 20 webinars com as escolas para troca de experiências e aprendizados nessa transição das aulas presenciais para o online. Isso permitiu nos aproximar mais dos clientes nesse momento de dificuldades, entender as dores que eles tinham e os ‘incêndios’ que precisavam apagar”, detalha. Com essa proximidade, a Filho Sem Fila planeja ampliar ainda mais as funções do aplicativo, principalmente em conformidade com as necessidades da retomada das aulas presenciais, quando a maioria das escolas deverá adotar o modelo híbrido (rodízio de alunos em sala para preservar o distanciamento).
Mesmo com a crise, a empresa espera fechar 2020 com até 400 colégios cadastrados e mais de 200 mil usuários. Atualmente, a plataforma atende 305 instituições de ensino em 23 estados brasileiros, abrangendo cerca de 60 mil alunos e 90 mil responsáveis. Está presente no Canadá, Paraguai, Uruguai e Estados Unidos. Criada em 2013 e lançada oficialmente em 2014, a Filho Sem Fila permite reduzir em até 75% o tempo de espera na porta da escola ou procurando vagas. Uma economia de cerca de 30 horas por ano.
A solução possibilita que pais de alunos, com seus smartphones iOS e Android, avisem à portaria, com a antecedência necessária, que estão próximos ao colégio. Assim, a equipe da escola tem acesso, pelo próprio app, a fotos e documentos dos responsáveis pela retirada da criança. Confere de quem se trata e agiliza o deslocamento do estudante. Essa organização do fluxo de saída reduz a fila de carros à espera e, consequentemente, o trânsito nesse horário. No ano passado, o transporte escolar também passou a ser monitorado pela plataforma.